quarta-feira, 11 de julho de 2007

Suicídio - uma Realidade

O suicídio a nível geral é uma das mais graves consequências dos que vivem a nível psíquico seriamente perturbados. A tensão nervosa quando envolve conflitos intrapsíquicos de gravidade muito acentuada, transtorna tão alucinadamente o psiquismo, que a pessoa vê a morte como única solução. De nada valem as riquezas materiais, a fama e glória, quando interiormente se vive no tédio, numa amargurante angústia sem encontrar solução nem saída para esses estados psíquicos.
Estudos sobre o suicídio têm demonstrado que muitos e muitos jovens estão em estado de depressão profunda. Psiquiatras e psicanalistas consideram que o ponto de maior risco no suicídio não coincide com o auge da depressão, situação psíquica caracterizada por desmotivação, desinteresse, por uma letargia e lentidão de raciocínio, um adormecimento em relação à realidade, que o jovem gradualmente procura ignorar, mas sim o maior risco inicia-se quando a inactividade começa a tornar-se menos acentuada. A realidade que rejeita começa a vislumbrar-se e a necessidade de fuga ou de chamamento de atenção é mais radical. A ideia do suicídio começa a agravar-se e a apoderar-se cada vez com mais força da mente do jovem em perfeito estado de revolta e solidão. A ausência de diálogo, por causas variadas, habita em quase todos os lares, afectando profundamente os jovens na puberdade ou na adolescência.
Inconscientemente o suicida quer castigar aqueles por quem se sente mal amado. Ele tenta arrastar o "outro" ou outros na sua morte. Tem uma necessidade de culpar, por vezes inconscientemente, porque a revolta, a rebelião tormentosa não dá tréguas. Temos como exemplo Vicent Van Gogh que já em criança e depois na adolescência atingiu o auge do sofrimento humano que se prolongou incessantemente … até perder a lucidez e atingir a loucura.
É curioso saber que as mulheres quer adolescentes ou adultas fazem 3 vezes mais tentativas de suicídio que os homens. No entanto de um modo geral, é mais grave no sexo masculino, porque, por razões ainda não inteiramente esclarecidas o homem tem tendência a matar-se com armas de fogo, afogamento, por enforcamento, ou saltando de grandes altitudes, enquanto que o sexo feminino recorre mais ao envenenamento.

Estes são dos casos mais graves para os psicólogos, uma vez que nem sempre conseguem ajudar estas pessoas levando-as à morte. Quando uma pessoa quer mesmo se suicidar vai dando alguns sinais até o fazer. É necessário estarmos atentos.
Complementa esta informação, até mesmo com casos reais que conheças.

8 comentários:

Márcia Maio disse...

Aconselho a leitura do livro "Veronika decide morrer" de Paulo Coelho que é um exemplo de uma jovem que tenta o suicídio.

José António Torres disse...

Tb de salientar que as mais altas taxas de suicidio ocorrem nos paises nordicos.Interessante ver que mesmo com a sua excelente qualidade de vida, não tem motivos para viver mais.....Paulo Coelho, não me parece um bom escritor, não gosto.....mas aconselho um triller densamente psicológico, Crime e Castigo de dostoievsky....

Cumprimentos

Alanaleide disse...

Obrigada pela visita ao meu blog.
Muito interessante e importante as matérias postadas no seu. Servem para refletirmos sobre a realidade.

Anónimo disse...

Este blog é muito bom é altamente muito bom continua assim Sofia!!!!!!!!

Anónimo disse...

oensando bem é verdade é sempre assim acho k já li num livro n sei kal foi mas li k as mulheres usam mais o envenenamento e os homens é mais enforcamentos etc..
Este blog até pode ajudar alguma pessoa indecisa entre psicologia e outra coisa kalker pode ajudar a escolher.
Boa. CONTINUA!!!!!!!!!!!!!

danizitha disse...

oi
adorei o teu blog
depois passa no meu e eu adiciono te aos links =)

beijo

karolina disse...

Olá, sou psicóloga e realizei um estudo na universidade sobre o suicidio na adolescência... a pesquisa que fiz ajudou-me a confirmar que este tema é muito delicado...
Parece-me importante referir que os comportamentos suicidas são empenhos multiplamente determinados e deliberadamente escolhidos para lidar com situações angustiantes que derivam de um processo de descompensação adaptativa, ou seja não se deve atribuir uma única causa para estes actos!!!
Para além disso, a tentativa de suicídio de um adolescente não se insere sempre num contexto patológico, ou seja, um adolescente suicida nem sempre sofre de depressão!! O recurso a estes gestos traduz geralmente um grande sofrimento pessoal.
Deve ser evitada a ideia redutora e simplista de que uma tentativa se encontra ligada a uma única situação, como, por exemplo, o raciocínio de que um adolescente tentou morrer porque rompeu a sua relação com a namorada... claro que estas situações podem funcionar como factores precipitantes para a tentativa de suicídio, desencadeando um impulso para este comportamento... mas geralmente, vêm apenas acordar angústias adormecidas... De qualquer forma é também importante analisar estes factores precipitantes, pela urgência que há de intervir no domínio da prevenção primária das condutas suicidas de adolescentes em grande sofrimento.
Mas, cada tentativa de suicídio deve ser sistematicamente objecto de consultas com especialistas, para que o adolescente e os que vivem à sua volta possam compreender o seu sentido e unirem-se dos meios necessários para a mudança...

Finalizo com uma citação:
“O aparente bem estar de um jovem, nomeadamente o viver ‘tudo bem’, podem esconder um grande sofrimento interior, que só uma relação de maior proximidade poderá detectar. Estejamos, pois, atentos à nossa volta, para tentarmos evitar um gesto fatal. Se porventura ele acontecer, devemos interrogar-nos em silêncio sobre o que terá falhado e divulgar os serviços de ajuda já existentes no nosso país, de modo a evitar outras mortes”(Daniel Sampaio, 1999, in revista Adolescentes, nº 11, ano 3, pág. 10)

Saudações psicológicas

Anónimo disse...

BOM,EU ESTOU NA FACULDADE,CURSANDO PSICOLOGIA,E NÓS DEVEMOS REALIZAR UM TRABALHO LIGADO A PSICOLOGIA.ESCOLHI SOBRE SUICÍDIO.