terça-feira, 17 de julho de 2007

Depressão - como diagnosticar?

Antes de mais é importante referir que qualquer pensamento (do ponto de vista normal ou patológico) do ser humano tem uma base biológica, pois este é o "resultado da actividade das células nervosas no nosso cérebro". (Wolpert 2000)
A depressão é uma perturbação do humor!
O que é então o humor? É essencialmente um estado emocional que se mantém durante um longo período de tempo. A emoção, por sua vez, é uma resposta a acontecimentos externos e internos. "No entanto, um estado de humor, particularmente uma perturbação do humor, pode durar meses, como no caso da depressão". (Wolpert, 2000) O sentimento de tristeza é comum a todas as culturas, mas quando esta tristeza se torna persistente ou se mantém durante muito tempo podemos considerar que se torna num estado patológico.
A depressão como designação de uma perturbação mental caracterizada por um estado deprimido surgiu durante o século XIX - antes desta época usava-se o termo melancolia.
É importante distinguir a depressão unipolar (depressões ligeiras e graves sem mania) de depressão bipolar associada a períodos de mania.
Os diferentes tipos de depressãosão classificados no DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) em termos do número de sintomas que devem estar presentes para que se possa fazer um diagnóstico particular de depressão. Para se diagnosticar uma depressão grave normalmente devem estar associados os seguintes sintomas num período mínimo de duas semanas: humor depressivo durante a maior parte do dia, diminuição clara do interesse ou prazer, aumento ou perda de peso significativo, insónia ou hipersónia, diminuição do controlo sobre os movimentos corporais, fadiga, sentimentos de desvalorização ou culpa, diminuição da capacidade de concentração, pensamentos sobre a morte e suicídio. É muito difícil fazer uma distinção entre depressão ligeira e major (grave), este critério é atribuído ao médico que está a tratar o doente.
Tendo dado a conhecer os principais sintomas da depressão, fico por aqui deixando uma nota bibliográfica: Wolpert, L. (2000) A Psicologia da Depressão, Lisboa: Editorial Presença.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Suicídio - uma Realidade

O suicídio a nível geral é uma das mais graves consequências dos que vivem a nível psíquico seriamente perturbados. A tensão nervosa quando envolve conflitos intrapsíquicos de gravidade muito acentuada, transtorna tão alucinadamente o psiquismo, que a pessoa vê a morte como única solução. De nada valem as riquezas materiais, a fama e glória, quando interiormente se vive no tédio, numa amargurante angústia sem encontrar solução nem saída para esses estados psíquicos.
Estudos sobre o suicídio têm demonstrado que muitos e muitos jovens estão em estado de depressão profunda. Psiquiatras e psicanalistas consideram que o ponto de maior risco no suicídio não coincide com o auge da depressão, situação psíquica caracterizada por desmotivação, desinteresse, por uma letargia e lentidão de raciocínio, um adormecimento em relação à realidade, que o jovem gradualmente procura ignorar, mas sim o maior risco inicia-se quando a inactividade começa a tornar-se menos acentuada. A realidade que rejeita começa a vislumbrar-se e a necessidade de fuga ou de chamamento de atenção é mais radical. A ideia do suicídio começa a agravar-se e a apoderar-se cada vez com mais força da mente do jovem em perfeito estado de revolta e solidão. A ausência de diálogo, por causas variadas, habita em quase todos os lares, afectando profundamente os jovens na puberdade ou na adolescência.
Inconscientemente o suicida quer castigar aqueles por quem se sente mal amado. Ele tenta arrastar o "outro" ou outros na sua morte. Tem uma necessidade de culpar, por vezes inconscientemente, porque a revolta, a rebelião tormentosa não dá tréguas. Temos como exemplo Vicent Van Gogh que já em criança e depois na adolescência atingiu o auge do sofrimento humano que se prolongou incessantemente … até perder a lucidez e atingir a loucura.
É curioso saber que as mulheres quer adolescentes ou adultas fazem 3 vezes mais tentativas de suicídio que os homens. No entanto de um modo geral, é mais grave no sexo masculino, porque, por razões ainda não inteiramente esclarecidas o homem tem tendência a matar-se com armas de fogo, afogamento, por enforcamento, ou saltando de grandes altitudes, enquanto que o sexo feminino recorre mais ao envenenamento.

Estes são dos casos mais graves para os psicólogos, uma vez que nem sempre conseguem ajudar estas pessoas levando-as à morte. Quando uma pessoa quer mesmo se suicidar vai dando alguns sinais até o fazer. É necessário estarmos atentos.
Complementa esta informação, até mesmo com casos reais que conheças.

Qual o interesse na Psicologia?

O meu interesse de psicologia surgiu no meu 12º ano quando fui obrigada a frequentar esta disciplina. No início pensei que iria ser uma seca pois nunca gostei muito de filosofia - achava que era semelhante. Com o decorrer do ano o meu interesse foi aumentando, pois os temas eram muito apelativos desde a parte fisiológica (nomeadamente sistema nervoso) até à parte do estudo das relações entre pessoas e de certos fenómenos como desenvolvimento, aprendizagem, personalidade, motivação, etc.
Hoje estou na faculdade a estudar psicologia (não havia outra opção que me despertasse interesse) e, na verdade, estou a adorar. A escolha não poderia ter sido mais acertada!
O meu principal interesse nesta área é a ajuda a pessoas com dificuldades em se relacionar com os outros e a resolverem os seus problemas, tentar perceber o porquê de certas atitudes, a origem de certas problemáticas principalmente a nível comportamental, etc.
Gostaria Agora de saber o porquê do vosso interesse e escolha deste curso se for o caso.
Fico à espera!